China avança em projeto para limpar o lixo espacial e reduzir riscos orbitais

País promete liderar ações pela exploração sustentável do espaço e pesquisa tecnologia para remoção de detritos

SUSTENTABILIDADETECNOLOGIA

Por Redação InfoDot

10/8/20252 min read

A China anunciou o desenvolvimento de uma solução para remover o lixo espacial da órbita terrestre, reforçando o compromisso do país com a exploração sustentável do espaço. A medida foi destacada por Bian Zhigang, vice-administrador da Administração Espacial Nacional da China (CNSA), durante o Congresso Internacional de Astronáutica, em Sydney, na Austrália.

Segundo Zhigang, o objetivo não é apenas rastrear objetos e prever colisões, mas agir de forma ativa na eliminação dos detritos. Embora ainda não haja detalhes sobre a tecnologia, especula-se que o projeto esteja relacionado aos satélites Shijian-21 e Shijian-25, que realizam operações de encontro e acoplamento em órbita, possivelmente testes de reabastecimento e remoção de objetos.

Compromisso com o espaço sustentável

De acordo com o portal Space.com, Pequim assumiu o compromisso de desempenhar um papel central no enfrentamento do problema. O lixo espacial já é considerado por cientistas como uma potencial “próxima emergência ambiental”, com mais de 130 milhões de fragmentos orbitando a Terra, um número que cresce a cada lançamento.

Estima-se que até o final desta década cerca de 100 mil espaçonaves possam circundar o planeta, impulsionadas por megaconstelações de satélites como a Starlink, da SpaceX.

Impactos ambientais preocupam

O acúmulo de detritos e o aumento de lançamentos espaciais têm gerado novas preocupações ambientais. Muitos foguetes ainda utilizam combustíveis fósseis que liberam fuligem nas camadas superiores da atmosfera, alterando o equilíbrio térmico da Terra.

A queima de satélites na reentrada atmosférica também libera óxidos de alumínio, que podem danificar a camada de ozônio e interferir no campo magnético terrestre. Essas partículas metálicas podem permanecer por longos períodos na estratosfera, provocando anomalias de temperatura e enfraquecendo a proteção natural contra a radiação cósmica.

Os efeitos de longo prazo desse processo ainda são incertos, mas especialistas alertam que o tema precisa ganhar urgência nas agendas globais de sustentabilidade espacial.

Leia mais...