Entre algoritmos e sentido: IA, propósito e a reinvenção Tecno-humana

Vivemos a revolução mais acelerada dos últimos séculos e ela tem nome: Inteligência Artificial Generativa (IAG). 06 / ago / 2025

TECNOLOGIAINTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Por Glaucia Cisotto

8/6/20253 min read

Do lado de cá da tela, porém, há um outro dado que não aparece em gráficos: o medo.

O receio de se tornar obsoleto. A ansiedade de não acompanhar a transformação. A angústia de perder o emprego ou o propósito.

"E se a minha função for automatizada? Quem serei eu sem esse crachá, sem esse lugar que me reconhece?"

Essa pergunta, muitas vezes silenciosa, tem sido ecoada por líderes, jovens em início de carreira, profissionais maduros e empreendedores. A inquietação não é só sobre empregabilidade, mas sobre identidade.

O trabalho é uma das formas de encontrar sentido na vida. Mas não é a única. Quando ele muda, o que permanece é o valor do ser humano.” — Victor Frankl

Diante de uma tecnologia que pode automatizar funções, é essencial lembrar que não há algoritmo que automatize o sentido da vida.

É aí que a Logoterapia entra como bússola: não para nos frear, mas para nos recentrar.

Segundo os dados mais recentes do Gartner, até 2026, mais de 80% das empresas já terão implementado soluções de IAG em seus fluxos de trabalho e até 50% das tarefas de produção de conteúdo serão automatizadas.

Habilidades do futuro = essência do humano

Os dados do Gartner apontam que as habilidades mais valorizadas até 2027 serão:

  • Resolução criativa de problemas

  • Empatia

  • Inteligência emocional

  • Pensamento crítico

  • Capacidade de comunicação humana

Curiosamente, são habilidades que a IA ainda não pode replicar com profundidade verdadeira.

E todas elas são desenvolvidas quando nos reconectamos ao nosso propósito e à nossa história pessoal.

A verdade é que a tecnologia avança. Mas o mercado continuará buscando profissionais que tragam humanidade às soluções.

Reinventar com propósito: um novo olhar sobre o trabalho

Não somos o nosso cargo, nem o nosso crachá.

Somos seres em constante construção. E podemos nos reinventar com propósito em qualquer fase da vida.

Reinventar-se, neste tempo, é muito mais do que trocar de função ou adquirir uma nova habilidade técnica.

O questionamento é:

  • O que tem sentido para mim hoje?

  • Como posso servir, mesmo em transição?

  • De que forma meu trabalho pode continuar sendo uma resposta ao mundo?

Essa é a liderança que o futuro espera: com alma, com escuta, com responsabilidade existencial.

E agora?

A vida cobra de nós uma resposta e essa resposta é pessoal, única e insubstituível.

Na travessia entre o medo da obsolescência e a esperança da reinvenção, a ponte se chama: sentido.

Não se trata de competir com máquinas.

Trata-se de lembrar, todos os dias, o que só os humanos podem fazer: amar, criar e encontrar propósito.

E você? Está construindo um currículo… ou um legado com sentido?

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