Guerra dos chips: China aposta em expansão industrial para reduzir dependência da Nvidia e enfrentar sanções dos EUA

China acelera produção de chips para reduzir dependência da Nvidia e enfrentar sanções dos EUA, com Huawei na linha de frente da expansão.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIALTECNOLOGIAMERCADO

Por Redação InfoDot

8/28/20252 min read

Os chips de inteligência artificial se tornaram peças centrais na disputa pela liderança tecnológica global. Nesse cenário, a China busca acelerar sua independência produtiva, com planos ambiciosos para triplicar a fabricação desses dispositivos até 2026, apesar das barreiras impostas pelos Estados Unidos.

Expansão liderada pela Huawei

Segundo o Financial Times, a estratégia chinesa passa pela Huawei, que deve inaugurar uma nova fábrica ainda em 2025 e mais duas unidades em 2026. Juntas, essas instalações podem superar a produção da SMIC (Semiconductor Manufacturing International Corporation), atualmente a maior fabricante de chips do país.

Paralelamente, a Huawei trabalha no desenvolvimento de um novo chip de IA mais avançado, previsto para ser lançado nos próximos meses. A expectativa é que o produto reduza o impacto das restrições norte-americanas e ofereça uma alternativa ao domínio da Nvidia.

O governo de Pequim, inclusive, recomendou que empresas chinesas evitem usar chips da Nvidia, mesmo após a liberação para que a companhia voltasse a vender o modelo H20 no país.

As barreiras impostas pelos EUA

A chamada “guerra dos chips” reflete o esforço de Washington para limitar o acesso da China a semicondutores de ponta. As medidas incluem:

  • Proibição de importação dos chips mais avançados e dos insumos necessários para produzi-los.

  • Restrições ao uso de tecnologia, software e componentes americanos em fábricas chinesas.

  • Impedimento de participação de cidadãos norte-americanos em qualquer atividade ligada à produção de semicondutores na China — desde manutenção de equipamentos até consultoria.

  • Bloqueio de triangulações via terceiros países, evitando que Pequim consiga obter chips de forma indireta.

Disputa estratégica global

Enquanto os EUA tentam manter o controle sobre a cadeia de semicondutores, a China investe pesado em pesquisa, infraestrutura e incentivos para acelerar sua autonomia tecnológica. Se conseguir avançar, Pequim não apenas reduzirá sua dependência da Nvidia, mas também fortalecerá sua posição em uma das frentes mais decisivas da economia mundial: a corrida pela liderança em inteligência artificial e supercomputação.

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