Spotify endurece regras para músicas criadas com inteligência artificial

O Spotify anunciou novas políticas para o uso de inteligência artificial em músicas, com medidas que vão desde o combate ao spam até restrições mais firmes contra a imitação vocal. A plataforma também passará a adotar um padrão de transparência sobre onde e como a IA foi usada nas faixas.

Segundo a empresa, o objetivo é proteger artistas de fraudes e trazer mais clareza aos ouvintes, em um momento em que cresce a presença de músicas criadas ou alteradas por IA.

Principais mudanças

Entre as novidades apresentadas, estão três eixos centrais:

• Regras contra clonagem vocal: deepfakes de voz só serão permitidos com a autorização do artista original.

• Novo filtro de spam: sistema capaz de identificar uploads em massa, duplicações e manipulação de metadados. Nos últimos 12 meses, mais de 75 milhões de faixas fraudulentas já foram removidas.

• Transparência sobre IA: adoção do padrão internacional do DDEX para indicar em quais partes da música (vocais, instrumentos ou pós-produção) a inteligência artificial foi aplicada.

Impacto para artistas e ouvintes

Para os criadores, as regras trazem mais proteção contra fraudes e usos indevidos, além de revisão mais ágil em casos de denúncia. Já o público terá mais clareza sobre o que está ouvindo, entendendo se e como a IA participou da produção musical.

Sam Duboff, chefe global de marketing e políticas do Spotify, ressaltou que a tecnologia não deve ser vista de forma extrema:

“Sabemos que o uso da IA será cada vez mais um espectro, com artistas e produtores incorporando a tecnologia em diferentes etapas do processo criativo.”

Criatividade com responsabilidade

Apesar da postura mais rígida, o Spotify afirma que não pretende restringir o uso legítimo da IA. Pelo contrário, a empresa incentiva que artistas explorem a tecnologia de forma responsável e transparente, fortalecendo a inovação sem comprometer a identidade criativa.

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