

Imagem: Isaac Sidney, atual presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAM) - Reprodução/Internet
Riscos de crimes financeiros disparam com legalização das casas de apostas, alerta presidente da Febraban
Isaac Sidney afirma que Estado “errou bem a mão” ao liberar jogos online e cobra mais rigor contra ilícitosN
ECONOMIA
Por Redação InfoDot
10/22/20253 min read


O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, acendeu um alerta sobre o avanço de crimes financeiros ligados às apostas esportivas. Durante a abertura do 15º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLDFT), em São Paulo, ele afirmou que, desde a legalização das chamadas bets, os riscos de ilícitos “explodiram”.
Sidney avaliou que o Estado “errou bem a mão” ao legalizar os jogos online, tornando o sistema financeiro mais vulnerável. “O que temos de fazer é fortalecer os nossos laços contra qualquer trilha que faça do que é legal o ilegal”, afirmou.
Segundo o executivo, os bancos precisam reforçar a vigilância sobre recursos de origem suspeita, especialmente aqueles ligados às apostas. Ele lembrou que o crime organizado já atua em cadeias lícitas da economia, exigindo mais atenção e cooperação entre instituições.
Pressão por leis mais rígidas
Isaac Sidney defendeu a criação de uma lei federal que permita bloquear operações suspeitas de forma imediata. “Os bancos defendem, com muita convicção, a criação urgente de uma lei federal que permita bloquear operações suspeitas e proteger o sistema financeiro. Não há mais espaço para permissividade”, pontuou.
O dirigente também cobrou agilidade e efetividade em reformas legais e regulatórias, destacando que o compartilhamento de informações entre bancos, Banco Central, Coaf e órgãos públicos é essencial para fortalecer o combate aos crimes financeiros.
“Precisamos remar na mesma direção”
Sidney reconheceu a importância da abertura do setor financeiro, mas alertou para a “proliferação” de instituições frágeis. Ele afirmou que os bancos brasileiros devem ser intolerantes com brechas que permitam a entrada de criminosos travestidos de clientes.
“Precisamos remar numa única direção. Prevenir e combater o crime no âmbito do sistema financeiro não é nenhum favor. É obrigação de todos e não pode ser um cabo de guerra em direções opostas dos que querem e dos que não querem contribuir”, destacou.
O presidente da Febraban também reforçou o compromisso da entidade com a integridade do sistema. “Os bancos brasileiros sérios do País, e asseguro que não são poucos os bancos que agem com seriedade, renovam o compromisso de, sem qualquer hesitação, continuarem na linha de frente da defesa da integridade do sistema financeiro nacional”, afirmou.
Por fim, Sidney defendeu que instituições omissas ou coniventes com ilícitos financeiros devem ser punidas pelos órgãos reguladores. “Os bancos estão do lado dos reguladores”, concluiu.






